Postagens

Mostrando postagens de julho, 2011

O que se faz com a educação parte I – tornar-se professor

Quando criança ouvia minha mãe dizer que escola era lugar de quem queria "estudar pra virar gente".  De lá pra cá muitos anos se passaram. Muita coisa mudou na minha vida, exceto o tamanho. Mas isso é outra história. Eu mudei de estado, abandonei a ideia de ser jornalista e de realizar o sonho da minha mãe de me ver dizendo boa noite em horário nacional. Desculpa, mãe, eu tentei! Uma coisa, no entanto, não mudava. Eu continuava estudando. Não sei se mais, se menos. Com mais desprezo aos tradicionalismos dos livros, isso sim. Talvez por esse motivo eu tenha escolhido estudar História. Bem isso, "estudar" história e, não, "fazer" história, porque ao momento tudo que eu via me fazia crer na impossibilidade do indivíduo ser um agente histórico. Não sei se me entendem. Não falo de uma história qualquer, onde somos meros assimiladores culturais. Refiro-me àquela onde homens e mulheres conseguem pintar o cotidia

"Todo amor que houver nessa vida"

Este texto não é para você, leitor algum, leitor qualquer. Também não o é para aquele que o acha que é: alguma coisa, alguma crítica. Aqui cabe muito mais. São palavras retorcidas de minhas entranhas que só buscam nascer. Mas eu me estremeço, me torço, me encolho. Finjo que durmo. É mais fácil. E na calada da noite uma dor muito forte me toma. Chamo o médico. Ele não vem. O parto é inesperado.  E, por entre as últimas fagulhas da penumbra, eis que me deparo com um leito molhado, suado, de lençóis manchados. Pois é, elas saíram. Não têm meus olhos, nem meu torto nariz. Entretanto, não fogem ao seu destino de joelho. Como todas as outras: berram, exigem atenção e comida. Também, como todas as outras, me enebriam com o cheiro particular, com o macio da pele, com a tranquilidade do melhor dos sonos. E, quando parecem minhas, lançam-se a  fazer companhia a um outro qualquer. Por Natália Freitas