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Memória, a paga do tempo

- Eu rasgaria o tempo assim pudesse! - O tempo não, a lembrança dos que dele lembram. (...) Vejo uma rua. Sessenta e quatro ladrilhos a me apontar que o esgoto ainda fede. (...) Baco treme em risos e avisa a Zeus que a composição desta estória está vermelha de seus melhores vinhos. (...) Direcionam ao meu front canalhices de toda ordem. E até me fazem crer que a minha história anda atordoada, esquizofrênica. (...) E lhes respondo: Sim. Na minha esquizofrenia, ouço vozes de um passado expurgado com sangue, silêncio e dor. (...) E a minha história, meu caro, agora acende um cigarro, respira fundo e espera as cortinas se abrirem para o espetáculo recomeçar! Por Natália Freitas