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Mostrando postagens de novembro, 2013

Folha que cai, resquícios de um tempo

Não adiantava. Poderia tentar se segurar mais uma vez, mas não adiantava. O vento soprava-lhe o peito com tanta força que ela percebera. Era chegada a hora. Nos seus anos de folha, todos haviam lhe contado que o fim seria esse.  Um galho seco. Um elo desfeito. E um voo para o chão. E lá se foi ela. Bailando pra lá e pra cá. Pra lá e pra cá... Mas o que ninguém contara era o percurso. Estava ela, uma folhinha atrevida tentando voar diferente, ainda que às folhas, em seu fim, só coubessem o aceite de cair, murchar, secar e sumir. Por um instante ela jurara sentir que um lindo bailarino tomara-lhe os braços para uma última dança. Aceitou sem pestanejar e lá se foi. A plateia se fazia presente. O sol brilhava como nunca e olhá-lo ao cair era ainda mais ofuscante. Mais parecia que seus raios a abraçavam para proteger-lhe da futura queda. Foi então que ela pois-se a relembrar. Das brincadeiras com as outras folhinhas quando criança; Daqueles frutos p