A poesia da falta
Não há escárnio na dor Há somente o esquecimento do amor Por um minuto sequer Se se pudesse ter O prazer daquilo que não purifica a alma Mas que, de tanto prurido, faz coçar, arder Sou o ar indigesto da felicidade pueril Sinto falta da poesia que me falta Temo a ausência orgânica O soro que percorre minhas veias não ventila meu peito Por Natália Freitas