Ode à pungência
Enfadonha-me a vida desse jeito!
De exceções para justificar o injustificável
De ser maioria quando o assunto é a falta
Quero mesmo é o calor, o contato, o suor
Que à boca não seja vetado o direito de amar
Que lhe seja permitido um clássico EU TE AMO
Que, na ausência das palavras, seja permitido o silêncio significante
Quero mesmo é sentir-me no outro
Sem medo de a este ser proibido me olhar nos olhos e aceitar um chocolate por mim oferecido
Nego o estranhamento, o impedimento, a naturalização do inaceitável
Reivindico o simples, o leve...
Que a todos seja permitido apreciar o crepúsculo de um dia calmo, o perfume das coisas, os olhares perdidos/achados
Baterei na porta da felicidade até que ela me atenda
E só descansarei quando não mais precisarmos forjar um último dia do ano.
que coisa boa seria ver o mundo assim. mas já é um grande passo ter gente que projete o porvir dos sonhos. já amolece bastante a vida. belo texto. joao
ResponderExcluir"Quero mesmo é o calor, o contato, o suor
ResponderExcluirQue à boca não seja vetado o direito de amar"
E tanto que a gente luta pra ser "humano" nessa vida nean?!
E te desejo, entrando na onda do "happy new year": "todo amor que houver nessa vida"
Bjaum, minha cara poetisa!
Sabe quando o autor se joga em seus escritos? Tenho a impressão que escreves assim. Talvez o adjetivo certo seja sensibilidade...
ResponderExcluirQue tua voz não cale, tens muito para falar...
Da maioria
ResponderExcluiro estranhamento
a ausência
das palavras reais.
Me restou fugir
com o poema vivo.
Do caminho -
mortos
por
mortos -
evito
trilhas
não humanas
fetiche
de felicidade.
Reivindico
o simples verso
que me emocione
que me devolva
o direito
de sonhar.
Lee Flôres Pires
completo, completo
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