Q uem nunca sentiu vontade de agarrar uma boa lembrança para que não fuja? Ao contrário disso, quem nunca quis expulsar da cabeça aquele espaço de história nada agradável de lembrar? Por sorte, ambas as vontades nos escapam pelos dedos, e de uma forma tão autônoma que só nos resta seguir o curso. Pois é, no campo da subjetividade, a objetividade dá um trabalho danado. Nos últimos dias, tenho me deparado com uma quantidade significativa de fatos que remetem à questão da memória. Seja ela de forma individual, como um flash do meu vivido, seja ela evocada por situações de um cotidiano qualquer. Aos muitos que, como eu, não desfrutam de viagens de luxo, bebidas caras e emoções de plástico, só ela permanece, a memória. A tal memória arde em mim. Poderia ter sido por outro motivo qualquer, certeza nunca terei, mas o fato é que mudar de cidade me fez ligar o botão rememorar. E desde quando?! Não sei ao certo. Era 2002 ou 3, não importa. Desde então, a terra dos espertos ma