Sinopse

Ato I

Antes era a brecha.
Intermediada pelo caos.
Um assombro de paz.
E uma janela aberta.
História não escrita.
Gestos gastos.
Uma esquina.
Chão pisado de pedra sabão.
Seis casas até o céu da amarelinha.
Pulou uma.
Outra.
E outra.
Chuva que ganhou o jogo.
Escorre giz.
Escoooorre.

Ato II

Faxina no armário.
Levou o que cabia no tempo.
Daquela bolsa velha, apenas um zíper pra tragar as expectativas.
Um amor de querer:
pular, beijar, amassar, molhar.
História mal escrita.
Varreu os cacos.
Pra debaixo do tapete.
Canção ensaiada de não.

Ato III

Ela não era só forte.
Não queria. Não podia.
Foooorte.
Era aquilo tudo. Aquilo pouco. Aquilo muito.
E era.
Também, só ela.
Estava quase lá. Sendo dela.
E o mundo disse:
-pera aí, tá indo aonde?

Ato IV

Estava ali no meio do salão.
Rodopiava ... piava.
Não lhe era difícil sentir a gota de suor que escapava pelas costas.
A saia giraaaava. Olhos fechados. Sentia.
Tudo podia ser assim, tão simples.
Um corpo.
Movimento.
Dizem que equilíbrio é se movimentar pra um lugar qualquer.
Importa mais o caminho.

Ato V

Só dançou.
Só foi.

Por Natália Freitas









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