Obedeça


Vá embora se não conseguir lidar com minha chatice
E meus cabelos inequivocamente lindos
Se não souber me abraçar quando eu tentar fazer de você meu ninho
Vá se não entender minha fúria nos dias turvos
Se não conseguir ler a mim, poesia dadaísta
Bata a porta se eu continuar sendo mais do que você suporta

Mude de calçada quando me vir e suas mãos anunciarem seu permanente amor
Desligue seu celular. Ele também sabe pra quem você quer ligar
Jogue fora aquela carta que não te escrevi. Você não a entenderia
Me arranque dos seus sonhos se puder
E esqueça que seu melhor sorriso já fui eu

Não levante hoje buscando meu rosto preguiçoso
Engana-se!
Seu lugar nunca foi dentro de mim

Abandone o desejo daquele filme que veríamos esse sábado
Fique sem graça quando nossos amigos te disserem "vacilão"
Porque é precisamente isso!

Eu daqui farei o mesmo
Já troquei os lençóis e aquela almofada sua de lugar
Uma nova playlist. E novo lugar na cama
E sabe sua camisa preferida? O cachorro mijou
O sorvete agora é de flocos. Você odeia

Amanhã?
Eu sei, será um novo antigo dia

Por Natália Freitas















Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tá tudo amassado

Los treinta y seis colores de una vida

Quando chuva